História de Contagem: A Rua É Nóis
por Trem Pra FazerBatalha da Jabu, Move Cultura e Fabi Santana representam a juventude que ocupa as ruas de Contagem
Depois de transitar pela História de Contagem, resgatando a herança afro-brasileira no território metropolitano de BH, o Podcast Trem Pra Fazer em Contagem, em seu terceiro episódio da primeira temporada, traz à tona as manifestações populares de Contagem, principalmente no universo do hip hop. O capítulo pode ser ouvido desde o dia 20/04 no Spotify e demais streamings, como a Apple Podcasts.
O episódio “A Rua É Nóis” parte do relato de Rafael Aquino, empreendedor social que é um dos fundadores da Move Cultura, dá um pulo na Batalha da Jabu, que há sete anos está na pista, e chega à casa de Fabi Santana, artista visual que está colorindo os muros da cidade de Contagem e deixando a sua marca nos quatro cantos do território.
“Infelizmente, nos eventos de grafite que tinha, vão falar, o grafite é machista, né, então não convidava mulher. O que tinha de mulher era namorada dos caras. E aí as Minas de Minas vieram com esse rolê exatamente só de mulher. E aí, a partir disso, a gente foi crescendo e estamos aí até hoje.”
Fabi Santana, artista visual de Contagem
História de Contagem
Para Rafael Aquino, autor do livro “Políticas De Cultura Nos Municípios Da Região Metropolitana De Belo Horizonte”, uma pesquisa necessária e realista sobre as cidades que estão à margem de BH, o poder público não leva a correria dos jovens a sério. Por isso, cerca de vinte anos depois de ele ter começado a ocupar às ruas com o Bangalô Cultural, as dificuldades ainda são semelhantes.
“Tiveram avanços, mas eu acho que alguns desafios ainda não foram superados. Eu acho que, em se tratando de órgãos públicos, autoridade pública, como você tá ocupando espaço público, de alguma maneira você tem que lidar com elas, e, quando é jovem, eu percebo que eles não levam a juventude a sério, sabe, da forma que deveria.”
Rafael Aquino, cientista social de Contagem
As pedras no caminho, no entanto, não pararam e nem vão parar a turma da Batalha da Jabu, que agora é chamada pela sigla BDJ, conforme pontuado por Hygho Haalw, um dos fundadores do coletivo, que constantemente aparece na lista de rolês gratuitos publicada toda quinta-feira aqui no portal do Trem Pra Fazer.
“O movimento resistiu e vai resistir. E tá aí para fazer e acontecer com várias outras lutas que vierem pra gente, tá ligado? É contra o racismo, é contra o machismo, tá ligado? A gente sabe que tem muito cara escroto que cola no movimento e fala que é do movimento. E a gente da BDJ desembola muito sobre isso, sobre trazer conteúdos para diferenciar.”
Hygho Haalw, um dos fundadores da BDJ
FICHA TÉCNICA DO PODCAST TREM PRA FAZER
Criação, apresentação, roteirista, pesquisador e idealizador:
Felipe Pedrosa
Operação de Áudio (e pitacos na direção):
Ana Caracol
Edição e Finalização:
Eugênio Neto
Arte de Capa:
Henrique Parentoni
Revisão dos Roteiros:
Renata Crepaldi
Podcast Gravado no Estúdios:
Scriptus Comunicação
Transcrições de Entrevistas:
Júlia Bigão, José Vitor Melgaço e Amanda Rocha
Leia o roteiro deste episódio!
➡️ O Podcast Trem Pra Fazer em Contagem foi aprovado no Edital Movimenta Cultura, do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura de Contagem.