“O Dragão que Cuspia Flores” chega ao Galpão Cine Horto
por Trem Pra FazerEspetáculo infantojuvenil poderá ser visto nos dias 24, 25 e 26 de outubro, no Galpão Cine Horto
“O Dragão que Cuspia Flores” tem como elemento principal a jornada do amadurecimento. O espetáculo da Mei a Mei Grupo de Teatro chega ao Galpão Cine Horto (rua Pitangui, 3.613, Horto), em Belo Horizonte, nos dias 24/10 (20h), 25/10 (19h) e 26/10 (16h e 19h). Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e estão à venda no Sympla.
Na montagem, o público acompanha Marina, jovem que, prestes a se casar, acorda em uma ilha deserta. Aos poucos, Lia e Juca, seres encantados, surgem para ajudá-la a encontrar o caminho de volta. Nessa aventura, a protagonista busca compreender o verdadeiro motivo de suas escolhas. Entre sonho e realidade, a narrativa ilumina trajetórias.
De acordo com Guilherme Oliveira, que apresentou o espetáculo como trabalho de conclusão do Bacharelado em Teatro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “O Dragão que Cuspia Flores”, em sua superfície, oferece ao público infantil um universo mágico e imaginário capaz de encantar e despertar a imaginação.]
“Ao mesmo tempo, a peça trabalha temas de autoconhecimento e amadurecimento, que ressoam também com os adultos presentes. O cerne do espetáculo é o processo de crescimento pessoal vivido na infância e na juventude. Trata-se de uma obra sobre descoberta, identificação e formação de identidade.”
Guilherme Oliveira, ator
Para chegar a essa provocação sobre o autoconhecimento, com uma dramaturgia inédita, foi necessário mergulhar em dezenas de pesquisas. William Shakespeare, com a obra “A Tempestade”, em que traz a célebre ideia de que “somos feitos da mesma substância dos sonhos”, foi um dos autores visitados.
A partir disso, o ator Guilherme Oliveira e o produtor Gabriel Guimarães começaram a dar forma aos personagens e às aventuras — e cada figura nasceu dos sonhos, das vivências e das sensibilidades compartilhadas junto com as atrizes Rita Naj, Stéphanie Sal e do diretor Rafa Calú.
“A peça propõe que o teatro seja um espelho onde a criança se vê, e onde o adulto se recorda das fases que viveu.”
Guilherme Oliveira, ator
“O DRAGÃO QUE CUSPIA FLORES”
O espetáculo se desenvolve em um ambiente lúdico, no qual dois bonecos, um cenário modular e um dragão ampliam a imaginação do público. A própria figura do dragão, nesse contexto, é desconstruída. “Ao contrário do dragão das mitologias ocidentais, que cospe fogo, o nosso cospe flores. As flores, por sua vez, carregam significados positivos — são símbolos de beleza, amor, alegria, paz e gratidão”, adianta Guilherme Oliveira.
Para Stéphanie Sal, “O Dragão que Cuspia Flores” convida o público a ser cúmplice da aventura apresentada. “A sensação predominante é a de que estamos levando uma mensagem muito importante para quem for nos assistir, num trabalho feito com muito carinho, afeto, dedicação e sinceridade”, afirma a atriz.
Rita Naj diz que esta temporada — aprovada na Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) — é um sonho coletivo e uma celebração das escolhas. “Para mim, esta temporada é uma confirmação para essa Ritinha que ainda vive dentro de mim. Chegamos até aqui e ainda há muito a ser vivido”, declara.
DIRETOR ESTREANTE
“O Dragão que Cuspia Flores” marca a estreia de Rafa Calú na direção. Neste primeiro trabalho, o artista privilegia o ator e a atriz como centros do processo criativo, utilizando jogos de interpretação e intervenções sensíveis.
“Tentei levar para a direção tudo o que, como ator, sempre fez sentido para mim. Foi uma direção muito pessoal, íntima e, ao mesmo tempo, aberta ao que o elenco trazia. Essa troca foi fundamental: eu absorvi as visões deles, e eles absorveram a minha.”
Rafa Calú, diretor
Neste trabalho, Rafa propôs uma pesquisa cênica baseada nas referências que sempre arquitetaram sua arte, como o Teatro Lume e o livro “A Arte de Ator”, de Luís Otávio Burnier. “Transformar o TCC de um ator talentoso em uma obra coletiva e rica em camadas tem um significado diferente. Com sensibilidade e imaginação, a encenação se torna um tecido vivo, singular e afetivo”, diz ele, enaltecendo o talento de Guilherme Oliveira.
“O Dragão que Cuspia Flores”
24/10 – 20h | 25/10 – 19h | 26/10 – 16h e 19h
Galpão Cine Horto (rua Pitangui, 3.613, Horto) – BH
Ingressos: R$ 30 (inteira) | R$ 15 (meia)
Além do espetáculo infantojuvenil, há vários eventos animando a cidade de Belo Horizonte no mês de outubro. O site Trem Pra Fazer fez uma seleção especial para os leitores e para as leitoras. Veja o que vem por aí.